"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe".
Oscar Wilde (16/10/1854-30/11/1900)
Há exatamente 110 anos, o escritor Oscar Wilde deixava este mundo e seu corpo era enterrado no cemitério de Bagneux, sendo mais tarde movido para o cemitério de Père-Lachaise, em Paris, cuja sepultura recebe até hoje milhares de visitas todo ano, que deixam marcas de beijos e declarações de amor escritas com batom. Robert Ross, seu amante mais duradouro, foi quem pediu que o escultor Sir Jacob Epstein fizesse sua tumba e reservasse um pequeno espaço para seus próprios restos mortais.
Criador de frases espirituosas e satíricas, autor de contos, peças teatrais e do romance O Retrato de Dorian Gray passou a infância vestindo roupas de menina por vontade de sua mãe; disputou a mão de Florence Balcombe, sua primeira noiva, com o autor de Drácula, Bram Stoker, e perdeu; possuía os dentes escuros e fétidos, devido ao tratamento à base de mercúrio contra a sífilis que contraiu no fim da adolescência.
Um dos relacionamentos estáveis de Oscar, com Lord Alfred Doglas, filho do Marquês de Queensbury, acabou resultando em dois anos de trabalhos forçados na Prisão de Reading, após ser acusado de torpe indecência pelo pai do amante.
O escritor irlandês morreu de meningite em um quarto de hotel em Paris. Diz-se que, antes de morrer, ele ainda comentou sobre o terrível papel de parede do quarto "Um de nós dois terá de sair daqui".
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